União Africana pede isenção total


O Conselho de Segurança e Paz (CSP) da União Africana (UA) sublinhou ontem a necessidade de as Forças Armadas da Guiné Bissau  se absterem de interferir na crise política e institucional do país e continuarem a defender a Constituição.
O Conselho de Segurança e Paz exortou  todas as partes a absterem-se de qualquer acção ou declaração susceptível de agravar o clima tenso e incitar à violência verbal ou física.
Depois de uma sessão sobre a situação prevalecente no país, o CPS divulgou quarta-feira, um comunicado no qual reitera a sua profunda preocupação face ao impasse político persistente na Guiné-Bissau.
Associado a dificuldades socioeconómicas persistentes, causadas à população, o impasse político afectou as instituições governamentais e a Assembleia Nacional, referiu a União Africana no documento.
O Conselho de Segurança e Paz reafirmou o seu engajamento em acompanhar de perto todos os desenvolvimentos políticos e apoiar a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) nos seus esforços para garantir uma resolução rápida da crise prolongada na Guiné-Bissau.
A última sessão da Assembleia da UA, realizada em 28 e 29 de Janeiro em Addis Abeba,  apelou às partes em causa para respeitarem os seus compromissos para resolverem a crise e garantirem o êxito das próximas eleições legislativas.
Além disso, a Assembleia aprovou a decisão adoptada pela Autoridade dos Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, a 27 de Janeiro deste ano, sobre a situação no mesmo país.
Segundo o comunicado, o Conselho de Segurança e Paz saudou os esforços desdobrados pela CEDEAO para encontrar uma solução duradoura para a crise actual na Guiné-Bissau.
Saudou, igualmente, a decisão que impõe sanções individuais para restaurar a governação democrática e garantir o respeito pelo princípio do direito no país, tomada pela  CEDEAO a 4 de Fevereiro deste ano.