Tribunal de Contas em foco

Domingos Malú que não especificou a que tipo de sanções se refere, falava hoje num encontro de trabalho com os gestores das instituições públicas em que se analisou a situação de prestação de contas, disse que as referidas sanções poderão passar pelo bloqueio de contas bancárias do pessoal e suspensão de salários dos que não prestaram as contas da sua instituição.

Malu afirmou na ocasião que as deliberações do Tribunal de Contas não podem ser revogadas por nenhuma outra instituição judicial do país de acordo com a Lei em vigor.

"Estas sanções não vão cair sobre os ministros ou secretários de Estado, mas vão ser aplicados aos gestores que lidam com os fundos directamente e assinam documentos, " disse o Secretário-geral do Tribunal de Contas.

Malu sustentou que muitas vezes os gestores tentam direccionar culpas aos ministros e secretários de Estado quando na realidade estes não são culpados.

Exorta os gestores, de que, se não entenderem como formalizar as prestações de contas, podem solicitar ajuda junto do Tribunal de Contas para os auxiliar na organização dos documentos.

Por sua vez, Olin Fernandes Sá, Director de Serviço de Verificação Interna de Contas lamentou a situação de falta de prestação de contas nos três últimos anos por diversas entidades notificadas pelo Tribunal de Contas.

De acordo com Olin Sá, no universo de 42 entidades contactadas em 2015, só 12 entregaram as suas contas. 

Disse que em 2016 a situação piorou, pois que das 42 entidades solicitadas só oito entregaram.

Informa que o prazo para a entrega das contas do ano 2017, termina em Junho próximo e que nenhuma entidade entregou as suas contas ao Tribunal até presentemente.

De acordo com o Tesoureiro da Direcção-geral das Florestas e Fauna, João Malaca, o acto de prestação de contas é normal deve ser feita por qualquer gestor.

Malaca afirmou  que a sua instituição  sempre apresentou contas na data solicitada.

Exortou os colegas gestores públicos para prestarem as contas para o bem do país, porque com esse procedimento só sai a ganhar a Guiné-Bissau.

Fernando Lacerda, Director-geral dos Correios da Guiné-Bissau, em declarações  aos jornalistas disse que a sua instituição, de 2017 à data presente, tem as suas contas bem organizadas e pronto para entregar ao Tribunal de Contas

CAMPANHA DO CAJU: PROGNÓSTICO PESSIMISTA COM A PRODUÇÃO em 2018


Por:
Henrique Mendes 
Mestre em Ciência e Engenharia de Alimentos
Tese sobre: Segurança Alimentar e a Produção de Caju na Guiné-Bissau, pelo ISA da Universidade Técnica de Lisboa.

"Em relação à produção e exportação, se a sua redução voltar a verificar este ano à semelhança do que ocorreu em 2017, ou seja; 168.000 Ton. Entretanto em 2016, a Guiné-Bissau exportou 198.000 Ton o que significa perda de 24.000 Ton. Considerando o preço médio de exportação verificado em 2017 ou seja 1950 Usd/Ton/ Fob, dados do Ministério do Comércio, houve perda na ordem de 46.800.000 Usd a favor da Economia Nacional.

Este ano estamos a constatar quase em todo o país Fraca Produção ou seja os Cajueiros tiveram uma boa floração entretanto percebe-se que estes secaram, numa linguagem comum(Abortaram), para além do envelhecimento dos pomares portanto aqueles que tenham atingido 30 anos de vida por conseguinte esgotando o seu ciclo produtivo, presume-se que a provável fraca produção este ano poderá estar relacionado com o factor clima (harmatan) para além do factor espaçamento que dificulta a Fotossintese na fase de Produção.

Este ano é quase certo e seguro que a Guiné-Bissau irá se confrontar com dois problemas sérios e que terão repercussões na nossa Economia e na dos Agricultores ou seja o Famoso 1000 fcfa e a Redução de Produção.

CONCLUSÃO:

A Guiné-Bissau poderá estar perante o inicio de Declinio de Produção consequência Negligência na implementacao e execução de politicas de Desenvolvimento AGRÍCOLAS com ênfase para as culturas de renda. Estamos a matar a "Galinha de Ovos" o nosso Caju o Carro Chefe e promotor do crescimento da nossa Economia.

SOLUÇÃO - Uma chamada de atenção:

É importante ao Governo começar a exercitar sobre estes cenários prováveis em termos de produção e exportação:

1- 150.0000 Ton
2- 120.000 Ton
3- 100.000 Ton

Obs: Probabilidades de comercialização clandestina via Fronteiras do Senegal e Guiné Conacri.

NOTA IMPORTANTE: Recordando estudo realizado pela Universidade KANSAS dos Estados Unidos,em 1986 de que em 20 anos haveria o aumento de produção de Castanha de caju à escala mundial e que os paises produtores e exportadores deveriam apostar no PROCESSAMENTO INDUSTRIAL.
É chegada a hora de agirmos de forma diferente como temos feito até inclusive diversificar para mais duas culturas de renda e de exportação ( SÉSAMO E ÓLEO DE PALMA)"

Anúncio da União Europeia

Prezados (as) Senhores (as),

Agradecemos a publicação/difusão do comunicado de imprensa que se encontra em anexo sobre o lançamento do convite a manifestar interesse para a Unidade de Coordenação do PRO-GB - Programa para a Resiliência e as Oportunidades Socioeconómicas para a Guiné-Bissau da União Europeia.

A Delegação da União Europeia junto da República da Guiné-Bissau lança convite a manifestações de interesse para a seleção de um operador/consórcio de operadores para a implementação da Unidade de Coordenação do Programa para a Resiliência e as Oportunidades Socioeconómicas para a Guiné Bissau (ProGB).

A Unidade de Coordenação do Programa deverá assegurar uma planificação concertada das atividades, um sistema coerente de seguimento e avaliação, assim como mecanismos partilhados de relatórios, informação, comunicação e visibilidade.

O montante indicativo previsto para os serviços da Unidade de Coordenação é de 1,5 milhões de euros.

As organizações interessadas deverão consultar o documento de orientação do convite e manifestar o seu interesse através do preenchimento de um formulário que permitirá avaliar a sua capacidade.

O prazo para envio das manifestações de interesse é segunda-feira, 28 de Maio de 2018 às 24h00 TMG.

Toda a informação sobre o convite (incluindo documento de orientação e formulário) pode ser consultada na página web da Delegação.

GOVERNO: Tudo adiado para amanhã

Não foi desta. Depois de muitas correrias entre o hotel Ledger e o Palácio, a delegação da CEDEAO saiu de mão atadas. PAIGC e PRS terminaram mais uma ronda de negociações, mas o impasse permanece. E tudo por causa de um nome: BOTCHE CANDE - o homem de mão que fala com a voz do dono - que o presidente José Mário Vaz quer manter como 'ministro' do Interior. Deixou cair quase todos, mas não abre mão do Botche. A CEDEAO está desanimada mas "firme", contou uma fonte da organização ao DC, adiantando que "não cabe (na nossa Constituição) ao PR escolher nomes para o Governo". Amanhã serão retomadas as negociações, num dia que a CEDEAO apelida de 'Dia D' - de decisões. Resta ao presidente assinar de cruz, pois quem ganhou as eleições foi o PAIGC e o PRS era apenas um convidado que se revelou oportunista e ladrão. AAS

PS: 45 anos a produzir políticos de projecção internacional


Image result for Mário SoaresAo longo de 45 anos de vida, o PS teve oito secretários-gerais dos quais quatro chegaram a primeiro-ministro, dois a Presidente da República e um a presidente da Assembleia da República, em Portugal. Mas os seus líderes também deram outros contributos ao mundo: um é actualmente secretário-geral da ONU, outro é vice-presidente do Banco Central Europeu e outro foi Enviado Especial e Alto Representante da ONU. Será que tal constância de projecção político-institucional se deve às características do perfil que um líder partidário tem de ter?
Sendo “líderes de um dos principais partidos em Portugal”, o PS, Mário Soares, António Guterres, José Sócrates e António Costa acabaram por se tornar primeiros-ministros e Mário Soares e Jorge Sampaio foram Presidentes da República, os dois cargos político-institucionais de topo que dependem de eleição. “As excepções” foram Vítor Constâncio, António José Seguro e Eduardo Ferro Rodrigues, sendo que este último atingiu a proeminência institucional como presidente da Assembleia da República - embora tenha sido eleito, pela primeira vez, por uma maioria que não incluiu o partido mais votado nessas eleições. E Constâncio é vice-presidente do Banco Central Europeu, um cargo de nomeação na União Europeia.A questão é mais complexa do que isso, considera Marina Costa Lobo, politóloga, investigadora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e especialista em lideranças políticas. Em resposta ao PÚBLICO, alerta que, embora haja uma sequência de líderes que ganharam projecção posterior, “há diferenças entre os líderes apontados”.
“O ‘falhanço’ destes três” líderes em relação a cargos políticos de eleição em Portugal deve-se, segundo Marina Costa Lobo, a circunstâncias específicas, e não ao seu perfil de líderes. Constâncio foi vítima do “fim do Bloco Central e da emergência do PRD com consequente perda de popularidade do PS”. Quanto a Ferro, sofreu a erosão do “escândalo Casa Pia e do pós-guterrismo”. Seguro enfrentou “o fim de Sócrates e o bailout”.
Estes três secretários-gerais socialistas foram assim “líderes que assumiram o poder depois de governos do PS, em contramão”, acrescenta a investigadora. Sendo que “dois deles, Ferro e Seguro, foram líderes temporários, nem sequer vão a votos” em legislativas.
O que se passou com eles, sustenta Marina Costa Lobo, é que, “além de surgirem numa altura má, do ponto de vista do contexto político, não tinham assumido cargos de grande visibilidade previamente e, por isso, não eram populares”. Isso fez com que não fossem “tidos como mais-valias para o PS do ponto de vista eleitoral, o que também contribuiu para a queda”. Mas a investigadora sublinha que, “do ponto de vista do perfil”, os três “são diferentes: Seguro mais centrista do que Ferro, Constâncio tentou uma aliança de esquerda que Soares Presidente recusou”. Já José Sócrates foi um líder com sucesso no plano interno - conseguiu a única maioria absoluta do partido, até à data -, mas vê nesta altura a carreira política muito comprometida. O seu segundo Governo, já sem maioria no Parlamento, acabou com um pedido de resgate financeiro e o ex-primeiro-ministro viu-se poucos anos depois envolvido na Operação Marquês, no âmbito da qual está acusado de corrupção, tráfico de influências, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
A distinção de Soares
Dos que se destacaram no seu percurso posterior, à cabeça surge “o líder histórico, Soares” que se “distingue de todos os restantes, porque o seu perfil e passado anti-salazarista, bem como de fundador do partido, torna-o central para a própria identidade” do PS, defende Marina Costa Lobo.
De facto, ele foi primeiro-ministro, Presidente” e teve “cargos internacionais”, lembra a investigadora, salientando ainda que Soares “faz parte de uma geração”, que inclui também “Álvaro Cunhal, Sá Carneiro e Freitas do Amaral, que se desenvolve antes da existência dos seus partidos em democracia”. Pelo que “têm um perfil de autonomia e luta política autónomo dos partidos”. Assim, conclui, “todos os restantes são mais ou menos produtos de lógicas partidárias, com excepção de Soares. Foi ele que criou essa lógica, não é produto dela”.
Quanto aos outros líderes que assumiram cargos internacionais posteriormente a ocuparem cargos de poder interno, Marina Costa Lobo afirma que a razão do seu sucesso se deve ao facto de, “cada vez mais", a política não se conter nas fronteiras nacionais e assumir "um carácter internacional e supranacional”. Neste contexto, “assumir cargos nestas instituições que têm um papel cada vez maior nas políticas nacionais e na vida dos cidadãos é importante para defender os interesses nacionais e depende de lógicas também elas partidárias”, frisa.
Por outro lado, a investigadora explica que “os partidos socialistas europeus, apesar de enfraquecidos, continuam a ser um pilar da democracia europeia e das redes internacionais de diálogo”. Daí que alguns líderes portugueses partidários tenham "conseguido posicionar-se e ganhar lugares de relevo nessas instituições”, como é o caso de Constâncio, Sampaio e Guterres.
A investigadora salienta ainda que, “além do Partido Socialista Europeu ser uma importante rede para ‘encontrar’ bons candidatos a cargos, há outros factores”, que passam pela “capacidade de Portugal ‘fazer pontes’ entre culturas e pontos de vista diferentes, por razões históricas bem como alianças internacionais actuais (UE, NATO, CPLP, etc.)”. Marina Costa Lobo lembra que Portugal é “recorrentemente salientado” pelos seus candidatos, facto a que se soma “o trabalho de bastidores do Ministério dos Negócios Estrangeiros na defesa das candidaturas portuguesas nestes e noutros organismos internacionais”
Quanto “ao perfil pessoal dos líderes, este “também importa”, afirma Marina Costa Lobo, além “da importância das instituições, conjuntura política e lobbying do Estado português”. A investigadora conclui que “aqueles que foram realmente longe, como Guterres, naturalmente têm qualidades pessoais de excelência, o que lhes permitiu tomar o melhor partido dessa conjuntura política e institucional”.
Mário Soares
Líder fundador, esteve à frente do PS até 1986. Foi primeiro-ministro (1976-1978 e 1983-1985), Presidente da República (1986-1996) e eurodeputado (1999). Presidiu à Comissão Mundial Independente Sobre os Oceanos (1995) ao Comité Promotor do Contrato Mundial da Água (1997) e à Fundação Portugal África (1997).
Vítor Constâncio
Secretário-geral entre 1986 e 1989, demitiu-se depois de perder as legislativas de 1987. Foi Governador do Banco de Portugal. É, desde 2010, vice-presidente do Banco Central Europeu.
Jorge Sampaio
Secretário-geral entre 1989 e 1992, demitiu-se depois de perder as legislativas de 1991. Foi presidente da Câmara de Lisboa (1989-1996) e Presidente da República (1996-2006). Foi Enviado Especial da ONU para a Luta contra a Tuberculose (2006) e Alto Representante da ONU para a Aliança das Civilizações (2007- 2013).
António Guterres
Secretário-geral entre 1992 e 2002. Foi primeiro-ministro (1995-2002), demite-se na sequência da derrota nas autárquicas de 2001. Foi alto-comissário da ACNUR – Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (2005-2015) e é secretário-geral da ONU desde 2017.
Eduardo Ferro Rodrigues
Secretário-geral entre 2002 e 2004. É desde 2015 presidente da Assembleia da República.
José Sócrates
Secretário-geral entre 2004 e 2011. Foi primeiro-ministro entre 2005 e 2011. Está afastado formalmente da política desde que foi detido preventivamente no âmbito da investigação Operação Marquês, encontrando-se acusado de corrupção, tráfico de influências, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
António José Seguro
Secretário-geral entre 2014 e 2011, altura em que perdeu o partido para António Costa, na sequência das primeiras eleições primárias em partidos portugueses. Está afastado da vida política por decisão própria, não sendo sequer comentador. Vive a sua vida empresarial privada nas Caldas da Rainha e dá aulas no Departamento de Relações Internacionais da Universidade Autónoma.
António Costa
Secretário-geral desde 2014 e primeiro-ministro desde 2015. Integrou vários governos socialistas liderados por António Guterres e José Sócrates. Foi presidente da Câmara de Lisboa entre 2007 e 2015.

Embaixador dos EUA na Guiné-Bissau foi até Caliquisse e falou das eleições

Image result for Embaixador dos EUA na Guiné-BissauEmbaixador Tulinabo Mushingi encontrou-se com o novo primeiro-ministro Aristides Gomes
O Governo americano garante apoiar as eleições legislativas na Guiné-Bisau, previstas para 18 de Novembro.


A garantis foi dada nesta quarta-feira, 18, em Bissau pelo embaixador americano Tulinabo Mushingi.
"Vamos continuar a apoiar o diálogo entre os diferentes actores", disse o diplomata depois de um encontro com o novo primeiro-ministro, Aristides Gomes.
Nos últimos anos, os Estados Unidos de América têm apoiado vários programas na Guiné-Bissau, nomeadamente no sector da defesa.

"Se não há segurança o país não pode funcionar, portanto, nós vamos continuar a apoiar o Ministério da Defesa e as forcas de segurança", concluiu Tulinabo Mushingi.

Presidente do parlamento guineense recebe bispo e comunidade internacional

Foto de Braima Darame.
O presidente do parlamento da Guiné-Bissau, Cipriano Cassamá, recebeu hoje em audiências o bispo de Bissau, José Câmnate na Bissign, e representantes da comunidade internacional, que não prestaram declarações à imprensa.

No final dos encontros, tanto o bispo de Bissau, como os representantes da comunidade internacional, o denominado grupo do P5, que inclui a União Europeia, as Nações Unidas, a União Africana, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental e a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, recusaram falar à imprensa.
Numa curta declaração aos jornalistas, Cipriano Cassamá disse que os encontros serviram para analisar requerimentos das bancadas parlamentares e a missão de alto nível que chega ao país na quarta-feira.
A semana passada, fonte do Partido de Renovação Social (PRS), segunda força mais votada do parlamento guineense, admitiu que o hemiciclo do país poderia voltar a funcionar em plenária ainda no decurso do mês de abril.
Segundo a mesma fonte, a sessão seria convocada de forma extraordinária para eleger a nova direção da Comissão Nacional de Eleições, que terá como função organizar as eleições legislativas previstas para 2018.
O hemiciclo do parlamento da Guiné-Bissau não reúne há cerca de dois anos devido a divergências entre o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o PRS, as duas maiores forças políticas do país.
Em meados de março, a mesa da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau insistiu na necessidade do cumprimento do Acordo de Conacri para ser possível realizar eleições legislativas.
A Assembleia Nacional Popular "convidou" o Presidente da República, José Mário Vaz, a cumprir o Acordo de Conacri para permitir a convocatória do plenário e "consequentemente a eleição da direção da Comissão Nacional de Eleições para permitir a realização de eleições no período constitucional e legalmente estabelecido".
O Acordo de Conacri, patrocinado pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), prevê a formação de um governo consensual integrado por todos os partidos representados no parlamento e a nomeação de um primeiro-ministro de consenso e da confiança do chefe de Estado, entre outros pontos.
LUSA

Perspetivas económicas do FMI ainda sem impacto na população guineense

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O economista guineense Santos Fernandes afirmou hoje que a avaliação positiva do Fundo Monetário Internacional à Guiné-Bissau é "extemporânea" e que a população ainda não sentiu o impacto do crescimento económico.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou segunda-feira que o défice orçamental da Guiné-Bissau baixou de 4,7% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2016, para 1,5% em 2017 e que o crescimento económico deverá situar-se nos 5,9%.

"É uma avaliação positiva, mas extemporânea pela conjuntura que o país vive. Extemporânea porque quando se fala de crescimento económico cria-se expectativa a nível político e social", salientou. Para Santos Fernandes, quando se fala em crescimento económico é preciso ter em consideração o bem-estar da população.

"O próprio conceito do crescimento económico está muito ligado ao conceito do PIB, mas esse crescimento do PIB tem uma outra variável que é a renda 'per capita'. Portanto, quando o PIB cresce é expectável que esse crescimento também albergue o rendimento 'per capita'. Essa avaliação é positiva do ponto de vista do FMI, mas é extemporânea e não condiz com a realidade em termos de reais", disse.

Segundo Santos Fernandes, o crescimento económico deve ser acompanhado com o aumento da qualidade de vida da população. "Continuamos a ter uma economia que consegue pagar salários, sim senhor, mas não consegue resolver outros problemas, não há investimento. Não se pode falar em crescimento, quando não há investimento em infraestruturas", disse.

Para exemplificar, o economista recordou o crescimento registado na Guiné-Bissau entre 2009 e 2011 que variou entre 5 e 6% e que teve impacto na vida da população com a melhoria de algumas infraestruturas.

"Já não se compara com o crescimento atual. Os números podem ser iguais, mas em termos reais, da economia real, daquela economia que costumamos chamar de panela de comida lá em casa já não é igual", disse. LUSA

APU acusa o PR de ser responsável pela crise política

O Secretário-geral da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), uma formação política sem assento no parlamento, voltou a responsabilizar o Chefe de Estado, José Mario Vaz, pela crise política que assola o país há três anos.
Para Juliano Fernandes, o Presidente da Republica desde que foi investido como o primeiro magistrado da nação nunca cumpriu com as obrigações, atribuições e competências da constituição da república para ser o garante da estabilidade governativa.
“Vamos responsabilizar o Chefe de Estado pela situação do país, principalmente porque de facto não cumpriu com obrigações constituições ou atribuições e competências para ser o garante da estabilidade e da democracia no país”, afirmou Fernandes.
Visivelmente desapontado com o papel assumido por Mario Vaz durante a crise política iniciada em Agosto de 2015, Juliano Fernandes entende que o Presidente da República deve arranjar ou aceitar uma solução para estabilizar a Guiné-Bissau.
A preocupação do dirigente APU-PDGB acontece numa altura que a Guiné-Bissau, completa sessenta dias após a queda do executivo de Umaro Sissoco Embaló, o país continua a espera de uma solução que possa desbloquear o impasse político que tanto fustiga a vida dos guineenses.
Convidado pela imprensa a comentar o impasse na formação do governo, Juliano Fernandes considera “grave” a situação e disse que o país está perante uma situação de “completa insensibilidade”, com a implicação do chefe de Estado e dos restantes protagonistas da crise, nomeadamente o Partido da Renovação Social (PRS) e grupo dos quinze deputados expulsos do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
“Inadmissível em pleno século XXI para ter um primeiro-ministro nomeado sem consenso de todas as forças políticas da Guiné-Bissau para pôr fim à crise, e mais dois meses sem forçar o governo, mas, no entanto, continua a ser o chefe do executivo”, referiu Fernandes.
Fernandes, que foi Procurador-Geral da Republica entre 1993 a 1999, alertou ainda que o executivo demitido continua em funções sem controlo na fiscalização e não tem transparência na gestão dos recursos do país.
Igualmente Jurista e Advogado falava à imprensa esta quarta-feira (04.04) momento depois do seu partido ter depositado coroa de flores na campa do antigo Chefe de Estado, Kumba Yala, que hoje completou quatro anos do seu desaparecimento físico, em plena campanha eleitoral para as presidenciais na cidade de Buba, sul do país.

25 milhões de casamentos infantis impedidos na última década devido a rápidos progressos, de acordo com novas estimativas do UNICEF

Image result for Crianças pobresMelhoria na tendência relativa ao casamento infantil, impulsionada em grande medida por reduções significativas no sul da Ásia, mas o problema persiste com mais de 150 milhões de raparigas que provavelmente casarão até 2030

NOVA IORQUE, 6 de Março de 2018 - A prevalência do casamento infantil está a diminuir globalmente, observando-se em vários países reduções significativas nos últimos anos, afirma o UNICEF. Em geral, a proporção de mulheres que casaram ainda crianças diminuiu 15 por cento na última década, de 1 em cada 4 para aproximadamente 1 em cada 5.

O sul da Ásia testemunhou o maior declínio no casamento infantil em todo o mundo nos últimos 10 anos, já que o risco de casar antes dos 18 anos diminui mais de um terço, de quase 50 por cento para 30 por cento, em grande parte devido a progressos na Índia. O aumento das taxas de educação das raparigas, os investimentos proactivos do governo em raparigas adolescentes e fortes mensagens públicas em torno da ilegalidade do casamento infantil e os danos causados são uma das razões da mudança.

"Quando uma rapariga é forçada a casar-se e ainda é uma criança, enfrenta consequências imediatas e ao longo da vida. A probabilidade de terminar os seus estudos diminui, enquanto as probabilidades de serem abusadas pelo marido e sofrerem complicações durante a gravidez aumentam. Há também enormes consequências sociais e maior risco de ciclos intergeracionais de pobreza ", afirmou Anju Malhotra, Conselheira Principal para o Género no UNICEF. "Dado o impacto que o casamento infantil tem na vida destas jovens, qualquer redução é uma óptima notícia, mas temos um longo caminho a percorrer".

De acordo com novos dados do UNICEF, estima-se que o número total de raparigas casadas na infância seja agora cerca de 12 milhões por ano. Os novos números apontam para uma redução global acumulada de menos 25 milhões de casamentos do que foi antecipado a nível global há 10 anos. No entanto, para acabar com esta a prática até 2030 - o objectivo estabelecido nos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável - o progresso deve ser significativamente acelerado. Sem rápidos progressos, mais cerca de 150 milhões de raparigas casarão antes dos 18 anos até 2030.

Na Guiné-Bissau, segundo os dados do MICS 2014, 37 por cento de meninas com idade inferior a 18 anos e 7 por cento com idade inferior a 15 anos foram casadas na infância, em especial nas zonas rurais. 6 em cada 10 destas têm um marido/parceiro 10 a 20 anos mais velho. As regiões que registam maior prevalência são Bafatá e Gabú, que apresentam taxas de 52 e 67 por cento respetivamente.

Em todo o mundo, cerca de 650 milhões de mulheres casaram em criança. Enquanto o Sul da Ásia liderou a redução do casamento infantil na última década, o peso global do casamento infantil está deslocar-se para a África subsaariana, onde as taxas de progresso precisam ser ampliadas dramaticamente para compensar o crescimento populacional. Das mais recentes noivas crianças casadas, cerca de 1 em cada 3 estão agora na África subsaariana, em comparação com 1 em cada 5 há uma década.
Novos dados também apontam para a possibilidade de progresso no continente africano. Na Etiópia – em tempos entre os cinco principais países com casamento infantil na África subsaariana - a prevalência caiu um terço nos últimos 10 anos.
"Todo e qualquer casamento infantil impedido dá a outra rapariga a hipótese de alcançar todo o seu potencial", disse Malhotra. "Mas dado que o mundo se comprometeu a acabar com o casamento infantil até 2030, teremos que redobrar colectivamente esforços para evitar que milhões de raparigas vejam a sua infância roubada através desta prática devastadora".

Casos de Petroguin


Image result for Honorio Buscardini PETROGUIN, a famosa empresa do petróleo que está quase na falência, lá conseguiu um descoberto de 50 milhões de Fcfa no banco Atlantique. Pagaram salários e outras despesas, incluindo alguns fornecedores. Os outros bancos NÃO emprestam mais dinheiro.

— Um cidadão da Mauritânia morreu de ataque cardíaco, depois de ouvir o preço base da castanha caju...levantara milhares de toneladas de arroz, para troca com o produto. Os 1000 fcfa do preço/quilo anunciados pelo JOMAV mataram o homem.

— Um seu compatriota foi preso por ter sido apanhado a comprar castanha de caju a 500 fcfa o quilo. Pagou 1 milhão e meio de multa e foi libertado. E assim vai o mundo.

- DROGA: Uma fonte da UNODC disse ao DC que o organismo da ONU de combate às drogas e crime organizado, suspeita do envolvimento de altas entidades guineenses cúmplices com o tráfico internacional de drogas nas ilhas Bijagós. Pode haver novidades e a DEA também já está no terreno. Estão a monitorar as ilhas e um hotel em particular, em Bissau. E sabem de um pagamento de 100 milhões de fcfa... Turismo?