CAMPANHA DO CAJU: PROGNÓSTICO PESSIMISTA COM A PRODUÇÃO em 2018


Por:
Henrique Mendes 
Mestre em Ciência e Engenharia de Alimentos
Tese sobre: Segurança Alimentar e a Produção de Caju na Guiné-Bissau, pelo ISA da Universidade Técnica de Lisboa.

"Em relação à produção e exportação, se a sua redução voltar a verificar este ano à semelhança do que ocorreu em 2017, ou seja; 168.000 Ton. Entretanto em 2016, a Guiné-Bissau exportou 198.000 Ton o que significa perda de 24.000 Ton. Considerando o preço médio de exportação verificado em 2017 ou seja 1950 Usd/Ton/ Fob, dados do Ministério do Comércio, houve perda na ordem de 46.800.000 Usd a favor da Economia Nacional.

Este ano estamos a constatar quase em todo o país Fraca Produção ou seja os Cajueiros tiveram uma boa floração entretanto percebe-se que estes secaram, numa linguagem comum(Abortaram), para além do envelhecimento dos pomares portanto aqueles que tenham atingido 30 anos de vida por conseguinte esgotando o seu ciclo produtivo, presume-se que a provável fraca produção este ano poderá estar relacionado com o factor clima (harmatan) para além do factor espaçamento que dificulta a Fotossintese na fase de Produção.

Este ano é quase certo e seguro que a Guiné-Bissau irá se confrontar com dois problemas sérios e que terão repercussões na nossa Economia e na dos Agricultores ou seja o Famoso 1000 fcfa e a Redução de Produção.

CONCLUSÃO:

A Guiné-Bissau poderá estar perante o inicio de Declinio de Produção consequência Negligência na implementacao e execução de politicas de Desenvolvimento AGRÍCOLAS com ênfase para as culturas de renda. Estamos a matar a "Galinha de Ovos" o nosso Caju o Carro Chefe e promotor do crescimento da nossa Economia.

SOLUÇÃO - Uma chamada de atenção:

É importante ao Governo começar a exercitar sobre estes cenários prováveis em termos de produção e exportação:

1- 150.0000 Ton
2- 120.000 Ton
3- 100.000 Ton

Obs: Probabilidades de comercialização clandestina via Fronteiras do Senegal e Guiné Conacri.

NOTA IMPORTANTE: Recordando estudo realizado pela Universidade KANSAS dos Estados Unidos,em 1986 de que em 20 anos haveria o aumento de produção de Castanha de caju à escala mundial e que os paises produtores e exportadores deveriam apostar no PROCESSAMENTO INDUSTRIAL.
É chegada a hora de agirmos de forma diferente como temos feito até inclusive diversificar para mais duas culturas de renda e de exportação ( SÉSAMO E ÓLEO DE PALMA)"