CEDEAO ESTA DISPONÍVEL EM RESOLVER A CRISE POLÍTICA NA GUINÉ-BISSAU

Os líderes da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), estão muito interessados em resolver a crise política na Guiné-Bissau, disse a imprensa esta noite de sexta-feira (16.02) o presidente do Partido da Renovação Social (PRS).

Segundo Alberto Nambeia, tanto o presidente em exercício da organização como os restantes líderes da organização estão com a vontade de ajudar os atores políticos guineenses a encontrar a saída para a crise política no país.
Em declaração aos jornalistas no aeroporto Internacional Osvaldo Vieira vindo do Togo, Nambeia, revelou que brevemente o partido irá reunir-se com o mediador da crise guineense, Alpha Conde para debater a situação da Guiné-Bissau.
“A CEDEAO é nosso parceiro e são pessoas da nossa sub-região e mostraram disponíveis para ajudar a Guiné-Bissau a resolver os seus problemas internos e nesta óptica espero encontrar com o mediador da crise no sentido de analisar a situação do nosso país”, declarou Nambeia.
O líder dos renovadores esteve nos últimos dias em Lomé, capital de Togo para reunir-se com o Presidente daquele país, igualmente presidente em exercício da CEDEAO, sobre a situação sociopolítica do país, nomeadamente as sanções aos 19 políticos guineenses que estão a dificultar a implementação do Acordo de Conacri.
Apesar da sua preocupação com a decisão do bloco regional sobre os políticos guineenses, Alberto Nambeia, é da opinião que a solução da crise guineense passa pelo diálogo entre as partes desavindas.
Para além de encontrar com o Presidente do Togo, Faure Gnassimbé, o líder do PRS, também esteve no Senegal onde reuniu-se também com o presidente daquele país, com intuito de analisar a situação da Guiné-Bissau.
De recordar que a proposta de sanções foi avançada por Faure Gnassimbé, chefe do Estado do Togo e presidente em exercício da CEDEAO, mas foi adotada pelos restantes dirigentes da comunidade, que pediram às outras organizações que apoiassem a sua aplicação.
O apelo foi dirigido às Nações Unidas, União Africana, União Europeia, Organização Internacional da Francofonia e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Um comité de seguimento, constituído pelo Togo, Guiné-Conacri e a comissão da CEDEAO irá controlar a aplicação das sanções e se reserva o direito de atualizar a lista de pessoas que poderão ser alvo de sanções na Guiné-Bissau, conforme o evoluir da situação política, afirma um comunicado da organização sub-regional datado de Abuja, na Nigéria.
// Alison Cabral