Os partidos políticos são conferidos certos direitos formais, nomeadamente o de difundir as suas visões, estratégias e argumentos, através de meios regulados por lei. Debate de ideias surgem como factores de consolidação da democracia, daí que, os protagonistas ao pleito eleitoral devem centrar as ideais em assuntos que interpelam a consciência da sociedade, ou seja que refletem os desafios dos cidadãos. Infelizmente, não é este o problema da nossa democracia ainda incipiente, ela continua a ser exercida em ataques pessoais, chantagem, incitação a ódio, segregação etc.
Ao meu ver, única via de ascensão e de legitimação do poder é através de eleições livres, justas e transparente, pois, nem devem ser supostamente esses requisitos, eles devem mesmo transparecer. Mas o essencial, ou seja ela, a democracia, tem que observar esses requisitos, LIVRE CONCORRÊNCIA, RESPONSÁVEL, onde debates só devem centrar-se sobre visões, estratégias e argumentos.
Os partidos políticos concorrentes ao sufrágio, enquanto atores do mundo civilizado, são obrigados a resignarem de embuste e, ingerência em assuntos exclusivamente dos adversários. O que se tem assistido nesta "CHÃO DA GUINÉ", é a persistência de soluções políticas radicais, sem que elas tenham sido alicerçadas em princípios, ou doutrinas políticas bem identificadas. Quando, o exercício político não obedece as normas definidas pela democracia surgem anarquia, desvirtuando totalmente a democracia e, a sua prática torna inútil a sociedade, sustenta, imoralidade e falta de ética.
Outrossim, a imprensa, ou jornalista têm um papel vital para o exercício da cidadania e de prestação de um serviço público de qualidade, objetivando estabelecer uma escolha informada e esclarecida a partir de diversos actores ao pleito eleitoral.
Para tal, um jornalista, ou órgão de informação, seja ele estatal, ou privada, deve garantir equidistância, da verdade, da imparcialidade, do princípio da boa fé, da independência e do respeito a ética e deontologia profissional. Destes imperativos, fica o jornalista, ou órgão da comunicação social, o papel de estimular os atores políticos a um debate civilizado, que respeita as demandas da sociedade que tanto almeja o progresso e, bem estar social.
Tendência agora, em particular durante o pleito eleitoral que se avizinhava, é a transformação da disputa política numa autêntica "disputa selvática", sustentada pela imprensa, ou ditos jornalistas " medíocres" .
Bacar Camará - Jornalista da Rádio Difusão Nacional
