IDRISSA DJALO DIZ QUE “O PROBLEMA DA ATUAL INSTABILIDADE POLITICA ESTÁ NOS COLABORADORES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA”

Photo de Bissau On-line.O líder da Partido da Unidade Nacional (PUN), Idrissa Djalo, uma formação política extraparlamentar, afirmou nesta terça-feira, 30 de Outubro de 2018, que os colaboradores diretos do Presidente da República são os que mais criam situações de instabilidade política na Guiné-Bissau, guiando José Mário Vaz para a direção errada.
Idrissa Djaló proferiu estas acusações numa altura em que vários atores políticos, incluindo o conselheiro do Presidente da República, Botche Candé têm exigido a demissão do Governo de Aristides Gomes, que acusam de ser incapaz de organizar as eleições legislativas no país.
Durante a sua intervenção no encontro com entidades ligadas ao processo eleitoral no Palácio da República, na presença do Chefe de Estado, Djaló, reafirma que chegou o momento de José Mário Vaz distanciar-se de uma vez por todas das querelas políticas e assumir a sua responsabilidade enquanto primeiro magistrado da nação.
“São vários os partidos políticos que protestaram contra qualquer governo, incluindo de Aristides Gomes, mas quando os partidos realizaram uma marcha e depois entregaram o relatório dos seus protestos ao Chefe de Estado, isto sim, não faz sentido até porque naquele protesto participou o próprio movimento de apoio ao Presidente de República e do seu principal conselheiro (Botche Candé). O que demonstra claramente que o José Mário Vaz faz parte do problema”, explicou Djaló.
Para Djaló, o ruído da instabilidade politica e a desconfiança durante a legislatura que iniciou em 2014, não vai terminar, porque José Mário Vaz, tem permitido aos colaboradores diretos atuar contra às Leis do país.
Na sua longa declaração na presença de muitos atores políticos, incluindo o principal conselheiro do Chefe de Estado, Botche Candé, o líder do PUN, fez lembrar a José Mário Vaz que a Guiné-Bissau já não tem força para aguardar mais crises.
“O país já não tem condições de aguentar mais, porque ninguém na Guiné, nenhuma entidade, nenhuma entidade politica e militar tem capacidade de controlar o que poderá advir da crise. O nosso país fragilizou muito nos últimos três anos”, vincou Djaló.
Para o líder do PUN, o único pilar que restava a Guiné-Bissau no meio da atual crise política era “Jomav”, mas infelizmente por uma boa parte dos cidadãos guineenses José Mário Vaz é uma parte do problema.
Visto como rosto crítico as atuações do Chefe de Estado guineense desde que assumiu a presidência guineense em 2014, Djaló entende que a única solução para atual situação política passa pela realização das eleições legislativas.
De recordar que a Guiné-Bissau vive uma crise politica desde Agosto de 2015, após a demissão do executivo de Domingos Simões Pereira. Apesar dos esforços da Comunidade Internacional, o país ainda não conseguiu encontrar a saída para crise.
A ausência de soluções para a crise político-institucional na Guiné-Bissau está a deixar a população mais falida. Principais instituições do Estado estão a funcionar a meio gás.