O antigo 'primeiro-ministro' guineense, Umaro Sissoco Embaló, admite candidatar-se à presidência do país nas eleições de 2019 por acreditar ter "melhor capacidade de que muitos" que já desempenharam o cargo.
Em declarações aos jornalistas ao chegar à Bissau, após uma ausência no estrangeiro de três meses, Umaro Embaló, de 46 anos, afirmou que por ser cidadão guineense pode ser candidato à presidência sem qualquer problema. "Tenho condições de ser Presidente da República melhor do que muitos que já desempenharam o cargo e outros candidatos que poderão aparecer", disse Embaló, que espera que as eleições legislativas, marcadas pelo atual chefe de Estado, José Mário Vaz, tenham lugar a 18 de novembro, como está fixado. Ainda sobre a possibilidade de se apresentar às eleições presidenciais de 2019, o antigo 'primeiro-ministro' guineense frisou que não confirma nada, mas também não desmente. Umaro Embaló sublinhou que o mais importante neste momento é que as eleições legislativas possam decorrer na data prevista e que "a teimosia de ninguém" não coloque em causa a realização do pleito. Sobre a situação atual do país, o antigo 'primeiro-ministro', que dirigiu a Guiné-Bissau entre novembro de 2016 a janeiro de 2018, lamentou que "esteja a ser administrada pela CEDEAO" o que, disse, desvirtuaria a luta armada pela independência. "Hoje são cinco ou dez pessoas da CEEDEAO que gerem a Guiné-Bissau por correspondência", notou Sissoco Embaló para reforçar "não ser digno" que um país seja administrado por uma organização sub-regional.