O líder da Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), questionou este sábado, 25 maio de 2019, o Chefe de Estado, José Mário Vaz do envolvimento do seu filho Herson Vaz no tráfico de cerca de 800 quilos de drogas apreendidos, no mês de março último, pela Polícia Judiciária (PJ) do país.
Nuno Gomes Nabian falava no final da manifestação pública, no largo dos Mártires do Pindjiquiti, em Bissau, para exigir a indigitação do primeiro-ministro resultante das eleições legislativas, na qual afirma que o Presidente guineense tem a obrigação de esclarecer ao povo se o seu filho está envolvido prática.
“Estamos a falar de toneladas de droga apreendido pela PJ, por isso, o Chefe de Estado tem a obrigação de explicar aos guineenses se o seu filho e os seus aliados políticos estão envolvidos na trafico de drogas no país”, argumentou Gomes Nabian.
Na ocasião, Gomes Nabian revela que “Jomav”, é um homem que está refém dos narcotráficos e neste momento está a buscar a proteção para sua pessoa, família e dos seus amigos próximos que estão envolvidos na lavagem de dinheiro, tráfico de droga e desvio de arroz doado pela China.
Igualmente o primeiro vice-presidente do parlamento guineense, Nabian afirma que qualquer guineense que está envolvido no tráfico de droga, incluindo o Chefe de Estado deve ser chamado à justiça do país e pediu apoio da comunidade internacional para ajudar a Guiné-Bissau a lutar contra a droga no país.
Relativamente a morosidade na nomeação do novo governo, o líder dos apuanos, revela que o Presidente guineense está a preparar um plano envolvendo os militares para estragar a X legislatura e permitindo os homens da força defesa nacional assumindo o controlo do poder, formando um governo de unidade nacional.
“O Presidente pretende estragar a presente legislatura, ficando a Guiné-Bissau nesta crise até o dia 23 de junho, altura que termina o seu mandato, chamando os militares assumirem o poder e depois devolveram ao povo, mas exigindo a formação de um governo da unidade nacional, mas posso garantir os guineenses que isso não acontecer”, vincou Nabian.
Perante este, o líder da APU-PDGB, fez lembrar ao Presidente da Republica de que a nova maioria parlamentar, liderado pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), tem condições para governar o país nos próximos 4 anos e mostrar a comunidade internacional que temos condições para tirar o país na situação em que se encontra.
Durante a sua longa intervenção, o dirigente político que foi adversário de “Jomav” nas últimas eleições presidências abordou vários assuntos ligados atualidade da vida do país.
O encontra estava presente todos os lideres dos partidos que compõem a nova maioria parlamentar e os partidos aliados, como Partido da Unidade Nacional (PUN), e o Partido da Convergência Democrática (PCD).
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), a Assembleia do Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia, que juntos têm 54 dos 102 deputados do parlamento guineense, aguardam há mais de um mês pela nomeação do novo primeiro-ministro.
As Organizações da Sociedade Civil do país, exigiu esta sexta-feira ao Chefe de Estado, José Mário Vaz, a nomeação, no prazo mais curto possível, do primeiro-ministro saído das eleições de 10 março, de forma a concretizar a vontade popular expressa nas urnas.