Dentro de dois dias, dia 30 de Março os dirigentes do
Partido da Renovação Social vão reunir a Comissão Política do partido para
analisar os resultados eleitorais. Em partidos democráticos, muita coisa já
seria conhecida, mas tudo está em segredo. É uma reunião que está a ser
preparada com alto secretismo, sobretudo por parte de Alberto Nambeia,
presidente do partido eleito no Congresso de Gardete em 2017.
Até a data presente, Alberto Nambeia ainda não reuniu o
presidium do partido. A Direcção não é tida nem achada na preparação do
encontro. A derrota eleitoral está a ter consequências graves no partido. O que
é de conhecimento público, Alberto Nambeia teve um encontro informal com Florentino
Mendes Pereira, Secretário-geral, também eleito no Congresso de Gardete. O
próprio Florentino não reuniu o Secretariado do partido que compõem diferentes
estruturas do partido. Deste encontro entre os dois, ninguém sabe o que foi
decidido. Depois, Alberto reuniu com Orlando Viegas, Director da Campanha e que
em tempos, se diz um dos vices presidente do partido.
Os restantes membros da Direcção foram ignorados. Certório
está doente e pouco activo. Jorge Malú caiu na lista dops suspeitos. Serifo Djaló
em função dos resultados eleitorais perdeu espaço. O mesmo aconteceu a Martina
Moniz que nem o parlamengto vai na presente legislatura. Lassana Fati perdeu
espaço há muito. Ele e Florentino Mendes Pereira foram às principais vítimas da
chegada de Botche Candé. Alberto Nambeia passou a orquestrar a reunião sozinho
e com seus elementos de confiança. A primeira mnaior dúvida é a ordem do dia.
Ninguém da Direcção sabe qual é a ordem do dia. Existem
apenas projecções para críticas e confrontações. Não haverá qualquer pedido de
demissão. Esta é a única certeza existente a entrada para a reunião.
A seguir, o local. Todos estão a ouvir que a reunião terá
lugar em Uaque (propriedade de Malam Sambú), aquele que se o PRS tivesse
vencido, seria o seu Primeiro-ministro. O intermediário do PRS com os chineses
e com Fernando Dias incluído. Muitos no PRS questionam o porquê da reunião ter
lugar naquela localidade. Não há ninguém para responder. Não houve nenhuma
decisão. As reuniões desta natureza, o PRS sempre fez nos hotéis da capital.
Depois, outras estratégias maquiavélicas. Os assumidos
opositores de Alberto Nambeia, serão confrontados. Serão questionados o porquê
de tamanha pressão para Nambeia demitir. Depois, vai-se votar. Se votará o
reforço dos poderes de Nambeia, através de dois modelos:
Ameaça do Conselho Nacional para a realização de um
copngresso extraordinário, onde domina e controla;
Ou uma moção de confiança para continuar a frente do
partido.
A primeira vítima anunciada desta reunião, será o grupo
de salvação liderado por Ibraima Sori Djaló. Terá resposta. Vão dizê-lo que não
pertence a nenhum órgão do partido. Mas não será Sori Djaló apenas. A própria
direcção verá certas figuras censuradas. Carmelita Pires, a recém-chegada ao
partido e que preside o Secretariado das Mulheres e que nos últimos tempos tem
sido bastante crítica com o partido, também vai ouvir das boas.
Fernando Correia Landim, outro crítico para visar. Artur
Sanhá, idem. Muita expectativa a volta da resposta da direcção. Ela não existe,
porque a Direcção do PRS nunca reuniu para ter uma posição una para os
dirigentes e militantes. Se vai ouvir às justificações de Nambeia, Florentino e
Orlando. Talvez mais alguém para reforçar. Depois, os homens de Nambeia terão
palavra. Para dizer o que Nambeia não souber dizer.
No final vai-se produzir um documento que todos os
críticos irão subscrever. Prometer que op PRS fará oposição e que se manterá
fiel ao acordo de incidência parlamengtar com MADEM-G15.l